Breve História do SiBi/Ufal

“Uma universidade se faz em primeiro lugar com cérebros, em segundo lugar com cérebros, em terceiro lugar com cérebros, em quarto lugar com laboratórios e bibliotecas”. Bastante conhecida – e atual – é esta afirmativa do Professor Zeferino Vaz, idealizador de uma das mais bem sucedidas universidades brasileiras, a Unicamp”. Essas palavras destacam a importância do papel das bibliotecas para o avanço das universidades, verdade que ultrapassa os limites da academia, se lembrarmos que o professor Zeferino parafraseou Monteiro Lobato: “um país se faz com homens e livros”.

 A história do SiBi/Ufal é, sobretudo, a história de suas bibliotecas, pois estas surgiram antes mesmo de haver um sistema integrado de bibliotecas na Universidade. Sendo assim, parece pertinente uma reflexão sobre o percurso histórico das bibliotecas da Ufal. Em que plano a Universidade as inseriu ao longo de sua história?

A trajetória das bibliotecas da Ufal é repleta de méritos pessoais, de iniciativas isoladas, de ações de S.O.S, de campanhas de doação. Com orgulho, muitos servidores de diferentes departamentos depõem que suas colaborações foram fundamentais até para a viabilização legal de reconhecimento de cursos pelo MEC.

No contexto histórico nacional, os primeiros 20 anos de existência da Ufal (1961-1981) coincidem, em maioria, com a chamada “década da educação”. Em que houve considerável facilidade de acesso a recursos financeiros e de pessoal. No entanto, durante o referido período, a Ufal não formou o acervo necessário e indispensável – nem mesmo a bibliografia clássica nas diversas áreas do conhecimento – e investiu pouco em captação e qualificação de recursos humanos especializados (ficando o quadro de bibliotecários limitado a 5 profissionais) quando a necessidade mínima, naquela época, já atingia um número de 20 bibliotecários. *

 

A Biblioteca Central

A Biblioteca Central (BC) foi criada em 1978 e prestava seus serviços no prédio onde hoje funciona o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). Um dos principais objetivos da criação da BC era reunir todo o acervo bibliográfico das bibliotecas setoriais, que já existiam nos centros e departamentos do Campus A. C. Simões. Pretendia-se, com isso, possibilitar a melhor gestão dos serviços de biblioteca, a partir da observância de padrões e diretrizes técnicas vigentes.

Mas esse não era o único motivo para criação da BC. A escassez de recursos financeiros e humanos da época apresentava-se como outra razão para reunir, num único lugar, o acervo bibliográfico do Campus A. C. Simões.

Apesar disso, um diagnóstico realizado em 1987 pelos bibliotecários da Ufal constatou que ainda existiam 14 bibliotecas setoriais na Universidade, todas com trajetórias intimamente ligadas aos centros e departamentos a que pertenciam. Mesmo após nove anos de criação da BC, onze dessas bibliotecas continuavam funcionando no Campus A. C. Simões, quais sejam: 1) a Biblioteca do Centro de Ciências da Saúde (CSAU); 2) a Biblioteca do Centro de Tecnologia (CTEC); 3) a Biblioteca do Departamento de Enfermagem; 4) a Biblioteca do Departamento de Educação Física; a 5) Biblioteca do Departamento de Matemática; 6) Biblioteca do Departamento de Física; 7) Biblioteca do Departamento de Química; 8) Biblioteca do Departamento de Geociências; 9) Biblioteca do Departamento de Arquitetura; 10) Biblioteca do Departamento de Letras; 11) Biblioteca do Departamento de Comunicação. Além dessas, existiam também 3 bibliotecas setoriais fora do Campus A. C Simões: 1) a Biblioteca do Centro de Ciências Biológicas (CCBI), então localizada no Centro de Maceió; 2) a Biblioteca do Departamento de Odontologia, então localizada no Bairro do Farol e 3) a Biblioteca do Museu Théo Brandão, também localizada no Centro de Maceió.

Essas bibliotecas surgiam em decorrência da necessidade de acesso à informação da comunidade acadêmica dos centros e departamentos onde estavam localizadas. Entretanto, em vários casos, esses espaços funcionavam com deficiência de recursos financeiros e humanos e sem possuírem qualquer vínculo administrativo ou técnico entre si.

Em 1985, dois anos antes do diagnóstico citado anteriormente, a Ufal contratou uma consultoria, a cargo do professor Antônio Lisboa Carvalho de Miranda, da Universidade de Brasília (UnB), para analisar a situação das bibliotecas da Universidade, avaliar a possibilidade de implantação de um sistema integrado de bibliotecas e a necessidade de construção de um novo prédio para a Biblioteca Central. No relatório de consultoria, o professor afirmou que a BC, naquela época, era contada como mais uma biblioteca da Ufal, pois não cumpria os propósitos para os quais havia sido criada.

As bibliotecas setoriais, por sua vez, funcionavam muito aquém das modernas técnicas e tecnologias de organização de sistemas, pois não possuíam qualquer subordinação à BC, não obedeciam a normas e padrões técnicos que fossem comuns a todas, e não observavam uma política conjunta de desenvolvimento de coleções.  Segundo Miranda (1985), nesse contexto, a BC não exercia nenhuma das funções essenciais de uma biblioteca central, como a coordenação e o planejamento da formação e desenvolvimento de coleções, o processamento técnico e atividades cooperativas entre as bibliotecas setoriais.

Além disso, não existia uma política ou normalização que definisse e estabelecesse critérios de criação e implantação de bibliotecas setoriais. Algumas delas não possuíam elo sequer com a própria Ufal, ou com outras instituições, seja por meio de catálogos coletivos de periódicos, ou qualquer outra rede de informação. Em sua consultoria, Miranda (1985) registra que as bibliotecas setoriais surgiam apenas para, em seguida, se transformarem em um amontoado de documentos sem condições de apoiar a renovação dos métodos de ensino, a consolidação da pesquisa e a expansão dos serviços de extensão.

A ausência de sistematicidade e coordenação entre as bibliotecas da Ufal representava um grande entrave para a consolidação e expansão dos serviços bibliotecários da Universidade. Essa situação precisava mudar!

 

Nasce o SiBi/Ufal

Com base nos problemas identificados pelo Professor Miranda, os bibliotecários da Biblioteca Central propuseram, em 1987, a criação de um sistema integrado de bibliotecas para Ufal.

Em 1989, o Conselho Universitário (Consuni) criou o Sistema de Bibliotecas da Ufal, com a aprovação do Regimento Interno do SiBi/Ufal, por meio da Resolução 45/89, a qual preconiza que o Sistema “objetiva a integração de suas bibliotecas à política educacional, científica e administrativa da Universidade, servindo de apoio aos programas de ensino, pesquisa e extensão, através do desenvolvimento de serviços e produtos de informação que atendem às exigências de relevância e rapidez”.

E as mudanças se seguiram ao longo tempo!

 

Um novo prédio para a Biblioteca Central

Mais tarde, outra demanda do agora SiBi/Ufal foi finalmente atendida: a construção de um novo prédio para a Biblioteca Central, que deveria possuir estrutura apropriada para ser o principal órgão do Sistema. A necessidade de novas instalações, mais adequadas e seguras, também foi identificada pela consultoria realizada em 1985 pelo professor Antônio Miranda, cujas conclusões apontaram a inadequação das instalações físicas do antigo prédio da BC, bem como riscos à segurança dos usuários, dos funcionários, e do próprio acervo. Com base nisso, a principal conclusão do professor foi a proposta de construção de um novo prédio, medida que, segundo ele, se justificaria como “obra de vital importância para a consolidação das atividades do campus universitário, em caráter prioritário e urgente” (MIRANDA, 1985).

A proposta feita por Miranda (1985) gerou frutos e os trabalhos para a construção de um novo prédio para a BC foram iniciados ainda no ano de 1985; os projetos arquitetônicos da obra datam de 1985 e 1986. A obra, financiada com recursos do Programa MEC/BID III e apoiada pelo Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico da Educação (CEDATE), estendeu-se por alguns anos.

Em 1990, foi inaugurado o prédio onde funciona até hoje a Biblioteca Central, com área construída de 4.800m2. Sem dúvida, isso representou uma grande conquista para a Universidade e para o SiBi/Ufal, cujo centro de funcionamento e gestão passou a contar com instalações mais adequadas à natureza dos serviços de uma biblioteca central.

Mas a história das bibliotecas da Ufal vai muito além dos prédios que abrigam seus acervos. Para compreendê-la mais a fundo, é preciso fazer um passeio pela evolução tecnológica de seus serviços.

 

O primeiro passo rumo à automação

Em 1987, a Biblioteca Central, ainda funcionando no seu antigo prédio, iniciou a automação dos serviços de catalogação do acervo bibliográfico, com a adesão à Rede Bibliodata de Catalogação Cooperativa, que era coordenada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa rede contava, à época, com a participação de 88 bibliotecas brasileiras, entre as quais, as bibliotecas universitárias da UnB, UFPE, UNICAMP, UNESP, UFSC, UFMG, as bibliotecas especializadas (Fundação IBGE, Fundação Gilberto Freyre, Fundação Joaquim Nabuco) e a Biblioteca Nacional.

Até o ano de 1987, toda a catalogação dos livros era feita de forma manual. A partir da adesão à Rede, a catalogação passou a ser feita por meio do software Bibliodata/CALCO. Os dados produzidos nesse software eram gravados num disquete, que, em seguida, era enviado, por correio, para a FGV, na Cidade do Rio de Janeiro. A FGV, por fim, encaminhava o catálogo impresso para a Biblioteca Central. Todo esse processo durava alguns dias.

Por meio do catálogo físico produzido no Bibliodata/CALCO, era possível verificar quais obras estavam disponíveis no acervo das bibliotecas, utilizando, para isso, poucos dados, como o nome do autor, o título ou  assunto do livro. O catálogo representava, assim, uma importante ferramenta para recuperação da informação, especialmente se for considerado o fato de que, em meados da década de 1990, o SiBi/Ufal já contava com um acervo de 112.000 livros e 3.050 periódicos.

A automação dos serviços do SiBi/Ufal trata-se de um processo longo e que ainda está em curso. Todavia, se, por um lado, não é possível (nem desejável) precisar o fim de tal processo, por outro, é admissível afirmar que ele teve início com a implantação do Bibliodata/CALCO. Ademais, esse software não somente iniciou a automação da catalogação de livros na Biblioteca Central, mas inseriu esta no contexto nacional, pois o Bibliodata/CALCO fazia uso de padrões e formatos reconhecidos e utilizados, inclusive internacionalmente.

 

O segundo passo rumo à automação

No ano de 2006, o SiBi/Ufal iniciou a implantação de um novo sistema de gestão da informação: o Pergamum. Mais moderno e completo, esse sistema é utilizado até hoje pelas bibliotecas da Universidade, pois promove melhorias no gerenciamento, tratamento, acesso e disseminação da informação.

A transição do sistema Bibliodata/CALCO para o Pergamum ocorreu de forma gradual, com a implantação do módulo catalogação. Inicialmente, os trabalhos foram realizados no acervo da Biblioteca Central e, em seguida, estendidos para as bibliotecas setoriais de todo o SiBi/Ufal.

A implantação do Pergamum facilitou ainda mais a consulta ao acervo. Antes feita por meio de catálogos físicos de manuseio mais demorado, as consultas passaram a ser realizadas por meio de um computador. Com poucas informações, tornou-se possível saber de modo simples e rápido se as bibliotecas da Ufal possuíam determinada obra e sua exata localização no acervo, que contava com cerca de 200 mil exemplares, na primeira década deste século.

 

Novos Campi, novas bibliotecas: o processo de interiorização da Ufal e a expansão do SiBi/Ufal

Com o processo de interiorização da Ufal, iniciado em 2006, novas bibliotecas surgiram para compor o SiBi/Ufal e prestar apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão dos novos Campi da Universidade.

O Campus Arapiraca possui atualmente três bibliotecas, localizadas na Cidade de Arapiraca (sede do Campus) e nas Unidades de Palmeira dos Índios e de Penedo. O Campus Sertão, por sua vez, conta com duas bibliotecas, uma na Cidade de Delmiro Gouveia (sede do Campus) e outra na Unidade de Santana do Ipanema.

A biblioteca da Unidade de Viçosa, embora tenha feito parte do Campus Arapiraca, hoje se encontra vinculada ao antigo Centro de Ciências Agrárias (CECA), elevado à categoria de Campus em 2019.

Antes restrito aos limites territoriais da Capital Alagoana, atualmente o Sibi/Ufal estende-se por todos os Campi da Universidade para disponibilizar a toda a comunidade universitária um acervo bibliográfico físico de aproximadamente 338.702 exemplares (dados de 2019), além de materiais digitais e de outros serviços típicos de biblioteca, como espaços para estudo e realização de eventos.

 

O SiBi/Ufal e o Acesso Aberto

Em 2006, foi criada a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), o primeiro passo dado pelo SiBi/Ufal rumo a uma política de acesso aberto à produção científica da Universidade. Como o próprio nome indica, essa biblioteca digital passou a armazenar e divulgar as teses e dissertações produzidas na Ufal.

As BDTDs foram criadas com o apoio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) para atenderem ao teor da Portaria 013/2006 da Capes, que determinou a disponibilização, em ambiente digital, das teses e dissertações defendidas a partir de março de 2006.

Em 2010, foram iniciados os trabalhos para implantação do Repositório Institucional da Ufal (Riufal). Segundo o IBICT,  os repositórios digitais “são bases de dados on-line que reúnem, de maneira organizada, a produção científica de uma instituição ou área temática”. A criação do Riufal foi o segundo passo da Ufal rumo a uma política de acesso aberto.

A história dos repositórios institucionais remonta a época da crise dos periódicos científicos, iniciada na década de 1980. Por muito tempo, a comunicação científica esteve amplamente apoiada nas publicações de resultados de pesquisa em periódicos impressos, cujo acesso se dava por meio de assinaturas pagas. Mesmo com a migração para plataformas digitais, o acesso permaneceu restrito àqueles que podiam arcar com o custo das assinaturas. Tal restrição incentivou professores e pesquisadores a buscarem meios alternativos para a comunicação científica, como foi o caso dos repositórios digitais: uma verdadeira inovação no processo de comunicação científica, que ampliou o acesso à informação científica.

Por mais de cinco anos, o Repositório e a BDTD coexistiram, dividindo o mesmo espaço na Biblioteca Central. No entanto, em 2015, a BDTD foi incorporada ao Riufal, em virtude das semelhanças entre seus propósitos.

Além das teses e dissertações, o Riufal passou a ser responsável pelo armazenamento e divulgação de outras produções científicas da Universidade, o que inclui artigos de periódicos, livros, memoriais acadêmicos, artigos e anais de evento, e etc.

Em 2016, foi aprovada a Política de Informação do Riufal, por meio da Resolução 045/2016 do Conselho Universitário (Consuni), documento que consolidou o  processo de implantação do Repositório na Ufal.

Os materiais depositados em acesso aberto no Riufal ficam disponíveis gratuitamente, o que aumenta a visibilidade das produções científicas da Universidade, possibilitando maior impacto de sua produção científica. Todas essas vantagens convergem, em último plano, para promover a imagem da Ufal perante a comunidade científica.

 

Segurança para o acervo, liberdade para os usuários

Em 2007, o SiBi/Ufal iniciou a implantação de um sistema de segurança eletromagnético para proteção do seu acervo bibliográfico. Esse sistema, além de ampliar a proteção do principal patrimônio físico do SiBi/Ufal (os livros), aumentou a possibilidade de os usuários poderem circular livremente, com seus pertences, pelos espaços das bibliotecas. Os antigos armários para guarda de bens particulares, localizados geralmente na entrada das bibliotecas, foram se tornando coisa do passado.

 

A virtualização dos acervos

A demanda por informação cresce numa progressão geométrica, enquanto a os acervos físicos e a disponibilidade de recursos financeiros para aquisição de novos títulos crescem numa progressão aritmética. Em decorrência disso, no ano de 2007, o SiBi/Ufal adquiriu bases de e-books, como Atheneu, Net Library e Springer, com o objetivo de oferecer maior quantidade de informação, agora também em formato digital. 

Atualmente, o SiBi/Ufal conta com a Biblioteca Virtual Universitária (BVU), reconhecida base de livros digitais, que contém um acervo diversificado, composto por livros acadêmicos de editoras como Ática, Companhia das Letras, Manole, Papirus, Pearson, Scipione, entre outras.

Essas mudanças fazem parte de um novo momento, em que as bibliotecas passam por uma diversificação dos formatos dos acervos bibliográficos, impulsionada pelas transformações tecnológicas que estão fazendo o conhecimento difundir-se por meio de tablets e smartphones. Em vez de passear pelas estantes de uma biblioteca física, que tal fazer uma busca rápida nas bibliotecas virtuais e ter acesso a um universo de conhecimento cada vez mais amplo?!

Essas mudanças têm contribuído para amenizar outro desafio enfrentado pelas bibliotecas da Ufal, especialmente a Biblioteca Central. Boa parte dos livros das bibliotecas do SiBi/Ufal fazem parte de um acervo circulante, ou seja, estão nas casas dos usuários, nos lugares mais distantes e inusitados. Se todos os livros voltassem para as Bibliotecas de uma única vez, certamente não haveria espaço para todo o acervo. 

Também por esse motivo, a utilização de bibliotecas virtuais tem se tornado uma alternativa interessante, pois, além de proporcionar vantagens de acesso para os usuários, permite a expansão do acervo bibliográfico sem a ocupação de novos espaços físicos.

 

O retorno de uma antiga parceria

Em 2012, o Arquivo Central foi incorporado à estrutura organizacional do SiBi/Ufal, por meio da portaria nº 2.083/2012, da Reitoria da Ufal. A trajetória do Arquivo Central, que é responsável pela salvaguarda dos registros administrativos e acadêmicos da Ufal, já havia cruzado, décadas antes, com a história do SiBi/Ufal. O referido órgão já havia funcionado numa das salas do prédio atual da Biblioteca Central, antes de ser transferido para o espaço onde atualmente funciona.

 

O terceiro passo rumo à automação

Após o término da implantação do módulo catalogação do Sistema Pergamum, outro passo precisou ser dado pelo SiBi/Ufal: a automação dos serviços de empréstimo e reserva de livros, que teve início em 2013. Até então, esses serviços eram prestados de forma completamente manual. Os usuários possuíam uma ficha de papel em que eram registrados os empréstimos e devoluções de livros.

Para se ter uma ideia da complexidade de um sistema manual de empréstimo de livros, vale mencionar que somente a Biblioteca Central possuía mais de 26 mil fichas de usuários, quando se iniciou o processo de automação dos serviços de empréstimo e renovação de livros!

Mas a complexidade não parava por aí! Cada um dos mais de 300 mil exemplares de livros também possuíam fichas de controle, que continham o histórico de empréstimos de cada obra. Tratava-se, portanto, de mais algumas centenas de milhares de fichas de papel para serem administradas!

Esse sistema analógico gerava atrasos nos serviços de empréstimo, renovação e devolução de livros. Com a expansão das vagas na Universidade, as filas viraram uma rotina na Biblioteca Central durante os horários de pico, uma situação cada vez menos comum, num mundo cada vez mais digital.

Atualmente, renovar o prazo de devolução de livros é uma tarefa muito simples, que pode ser realizada presencialmente, nas bibliotecas do SiBi/Ufal, ou pela internet, em computadores, tablets e smartphones dos próprios usuários. Tudo de forma rápida e segura.

Além disso, a infinidade de fichas e informações armazenadas em meios físicos tornaram-se um grande banco de dados digitais, que eliminou desperdícios de papel e, principalmente, de tempo, tanto dos usuários quanto de funcionários do SiBi/Ufal, responsáveis por operar o antigo sistema analógico de empréstimo.

A automação promoveu, portanto, maior eficiência de serviços de biblioteca que, até bem pouco tempo, eram prestados unicamente de forma presencial.

 

O SiBi/Ufal se comunica

Ampliar os canais de comunicação com seus diversos públicos era uma aspiração antiga do SiBi/Ufal, pois a melhoria dos serviços de um sistema de bibliotecas passa necessariamente por uma comunicação efetiva com os usuários.

Uma biblioteca é mais do que um espaço ocupado por livros, ainda mais quando se trata de um sistema de bibliotecas universitárias. Para que o público compreenda isso, é preciso que conheça as múltiplas possibilidades de pesquisa, tipos de acervos e de serviços oferecidos pelo SiBi/Ufal.

Na prática, entretanto, boa parte dos usuários do SiBi/Ufal desconhece serviços importantes que são prestados pelas bibliotecas do Sistema.

Essa realidade exigia mudanças! Por isso, em 2018, foi criada a Coordenação de Comunicação do SiBi/Ufal, cuja principal atribuição é melhorar e implementar ações de comunicação, visando ao fortalecimento dos laços entre o SiBi/Ufal e seus diversos públicos.

Hoje, o SiBi/Ufal tem tentado se comunicar com seus usuários de forma cada vez mais efetiva, por meio de redes sociais digitais, como o Facebook, o Instagram, o Twitter e o Youtube!

 

A história continua…

Esta, contudo, não é uma história com um ponto final! O SiBi/Ufal segue sua jornada no tempo, tendo como norte o cumprimento de sua maior missão: prestar apoio informacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade, ciente dos desafios da atualidade e das transformações tecnológicas que continuam mudando a forma como são produzidas e utilizadas as informações em benefício do progresso do Brasil e da humanidade.

 

Referências

INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Repositórios digitais. Brasília, DF: Ibict, 16 ago. 2019. Disponível em: http://www.ibict.br/informacao-para-a-pesquisa/repositorios-digitais. Acesso em: 9 dez. 2019.

MIRANDA, Antonio Lisboa Carvalho. Análise preliminar do Status Quo das bibliotecas da Universidade Federal de Alagoas com vista à implantação de um sistema integrado e de construção de biblioteca central: relatório de viagem (9 a 10 de julho de 1985). Brasília, DF: Universidade de Brasília, 1985.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Biblioteca: breve percurso, em três décadas. Folha Semanal, Maceió, ano 5, n. 169, abr. 1991.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Grupo de Bibliotecários da UFAL. Bibliotecas da UFAL: diagnóstico e proposta de implantação de sistema (versão preliminar). Maceió: UFAL, fev. 1987.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Sistema de Bibliotecas. Biblioteca Central. Proposta de planejamento estratégico para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alagoas. Maceió: UFAL, dez. 1995. 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Sistema de Bibliotecas. Biblioteca Central. Resolução nº 45/89 – CONSELHO UNIVERSITÁRIO, de 9 de novembro de 1989. Aprova o Regimento Interno do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alagoas. Maceió: UFAL, 1989. Procedimento nº 002/89-BC. Regimento interno do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal de Alagoas, cancelada em 9 de novembro de 1989. 

  

 

   

* O início do texto desta página contém a transcrição de partes do documento: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Biblioteca: breve percurso, em três décadas. Folha Semanal, Maceió, ano 5, n. 169, abr. 1991.